Os veículos do Monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô-SP, do modelo Innovia300 fabricados pela Bombardier, foram equipados com um sistema de frenagem regenerativa, onde a energia gerada a partir da frenagem dos veículos é enviada para rede de distribuição de energia 750Vcc para um possível uso em outros veículos.
Entretanto, se outros veículos não estiverem receptivos para uso dessa energia regenerada, a tensão na rede de distribuição aumenta, até o ponto no qual os veículos em processo de frenagem elétrica regenerativa passam a atuar de forma exclusivamente mecânica (frenagem de atrito). Essa é uma condição a ser evitada .
Na linha 15-Prata, foram instaladas as Unidades Automáticas de Receptividade Assegurada (AARU), de tecnologia e fabricação da ABB, cuja função é monitorar o nível de tensão na linha, 'ligar' e 'desligar' um conjunto de resistores capazes de dissipar o 'excesso de energia regenerativa' dos veículos em frenagem, indicado sempre pelo aumento da tensão, acima de um ponto de ajuste. A Unidade tentará manter o sistema estável e, ao mesmo tempo, minimizar esta energia dissipada
Dadas as características deste sistema, alguns aspectos importantes afetam diretamente a operação do sistema, especialmente do Monotrilho da Linha 15-Prata, que foi concebido para operar com um alto nível de automatismo da categoria UTO (Unattended Train Operations).
Neste trabalho, descreveremos as condições ideais de operação do AARU, suas limitações e implicações operacionais em caso de falhas ou indisponibilidade, bem como descreveremos as etapas de operação pela qual a Linha 15-Prata foi sendo implantada, e sua interdependência com o AARU.
Serão também abordadas as experiências das implantações de estações em etapas, os resultados verificados, e um breve histórico do desempenho operacional atualmente.
Por fim, apresentaremos alguns tópicos que podem fomentar estudos e alternativas para futuros projetos, onde as otimizações do Material Rodante não possibilitem que os sistemas de dissipação de energia de frenagem regenerativa sejam embarcados e necessitem ser instalados nas estações ou junto a via.
Declaro que o presente trabalho é inédito, não tendo sido publicado em livro, revistas especializadas ou na imprensa em geral.
RICARDO NOVAES
Coordenador de Projetos Executivos de Sistemas, na Gerência do Empreendimento Linha 15-Prata, da Diretoria de Engenharia, do Metrô-SP, Engenheiro Mecânico (UNICEB), Pos-Graduado em Administração de Empresas (FEI), MBA em Excelência Gerencial (FIA-USP), PMP ? Certificado PMI® (2019)
Trabalhou na Gerência de Manutenção, do Metrô-SP.
ALBERT HAGA
Engenheiro Especializado, do setor de Projetos Executivos de Sistemas Elétricos, na Gerência do Empreendimento Linha 4 ? Amarela, da Diretoria de Engenharia, do Metrô-SP, Engenheiro eletricista. Cursou Especialização em Tecnologia Metroferroviária-Turma 1 (2003), na Poli-USP e MBA em Excelência Gerencial-Turma 3 (2010), na FIA.
Trabalhou na Gerência de Manutenção, na Gerência de Projeto e Concepção de Sistemas e na Gerência do Empreendimento Linha17 ? Ouro, do Metrô-SP.
Palestrante
Ricardo Novaes
Diretor de EngenhariaRicardo Novaes da Diretoria de Engenharia, do MetrôEngenheiro Mecânico (UNICEB), Pos-Graduado em Administração de Empresas (FEI), MBA em Excelência Gerencial (FIA-FIAUSP), P, Coordenador de Projetos Executivos de Sistemas, na Gerência do Empreendimento Linha 15-Prata, PMP – Certificado PMI® (2019).
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