Paisagismo em Estações de Metrô: Planejando a Paisagem com a Infraestrutura de Transportes

O trecho já implantado da Linha 15-Prata apresentou algumas características inovadoras no agenciamento de infraestruturas verdes em empreendimentos metroferroviários. Sua qualificação ambiental através da caminhabilidade, com a criação de espaços diferenciados ao longo do trajeto da linha ligados à fruição, práticas de esportes, educação ambiental, estar, além de passagem, denota a associação intrínseca do projeto de paisagismo à configuração espacial da infraestrutura de transportes, em função de suas características e da região onde foi inserida.
A nova etapa ora em desenvolvimento trouxe a oportunidade de continuação da aplicação de conceitos de qualificação ambiental através de infraestruturas verdes, especificamente nos locais de implantação das estações Boa Esperança e Jacu-Pêssego. Aspectos como integração com o entorno, criação de espaços públicos qualificados e utilização de elementos construídos e vegetação de forma combinada visam minimizar aspectos potencialmente negativos da inserção da infraestrutura de transportes no tecido urbano existente, ainda que de ocupação relativamente recente e pouco consolidado. Portanto, buscou-se a integração entre o entorno e os novos elementos construídos nas áreas desapropriadas, visando à redução da percepção das cicatrizes resultantes da inserção dos novos elementos, com a intenção de conciliar aspectos da topografia à implantação dos edifícios e da vegetação por uma prática baseada na interdisciplinaridade.
Ainda, buscou-se ampliar a aplicação de infraestruturas verdes, especificamente os jardins de chuva, além da experimentação da prática da fitorremediação, que busca utilizar espécies vegetais para a remoção de elementos contaminantes do solo. Juntamente, procurou-se a aplicação de maneira mais intensiva de espécies vegetais nativas, atentando-se para espécies dos biomas de Mata Atlântica e de Cerrado. Ainda que este último não esteja associado popularmente ao município de São Paulo, pesquisas recentes têm apontado a pré-existência de formações vegetais com essas características, presentes de forma recorrente na toponímia de toda a região da capital. A falta de conhecimento sobre esses elementos tem demonstrado a importância de se intensificar sua aplicação na recuperação de áreas naturais, tanto quanto sua aplicação no paisagismo, pelo seu viés cultural e educativo. Dada a escala da infraestrutura metroviária, além do potencial de gerar novas reflexões e servir de referencial, tais projetos têm ainda a capacidade de impactar objetivamente no meio ambiente urbano, contribuindo para a aplicação desses conceitos na prática, alinhados com o ODS (Objetivo de desenvolvimento sustentável - ONU) 11: "Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilietnes e sustentáveis".

Palestrante

Michel Hoog Chaui do Vale

Gestor de Projetos

Arquiteto e Urbanista pela FAU USP, mestre em Planejamento Urbano e doutorando pela mesma instituição, técnico em Paisagismo (SENAC), especialista em Engenharia Urbana (UFRJ), MBA em Excelência Metroviária (FIA), PMP.
Arquiteto paisagista na Gerência de Projetos do Metrô de SP.

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