Implantação de Sistema para Gestão de Custo de Ocorrências Operacionais

O Sistema para a Gestão de Custo de Ocorrências Operacionais aduz uma metodologia desenvolvida, automatizada e implantada para a estimativa de valor (monetização) das ocorrências operacionais com repercussão (supressões e atrasos de viagens), registradas durante a operação comercial da CPTM.
Salienta-se que o presente trabalho é o resultado de um projeto interdisciplinar, envolvendo as áreas de Operação, Manutenção, Contabilidade / Custos e Desenvolvimento e Aplicação de Sistemas. A problemática que motivou a execução deste projeto foram as constantes falhas de material rodante (2015) com manutenção preventiva e corretiva contratada, no que tange aos materiais, insumos e equipamentos. Tal fato acarretava uma repercussão negativa da imagem da CPTM junto aos passageiros e aos meios de comunicação. Além disso, a impossibilidade de estimativa célere do prejuízo operacional causava à CPTM a absorção integral de todo o ônus provocado por terceiros.
Os trabalhos de pesquisa foram iniciados ao final de 2015 e o projeto foi dividido em duas fases: (I) material rodante e (II) todos os sistemas. Após a definição e validação, a metodologia foi aplicada para o estudo de caso da Linha 10 - Turquesa. Em agosto de 2016, foi concluída a automatização em ambiente de produção e a execução de testes de aplicação. Em novembro de 2016, o projeto foi concluído e o Sistema para Gestão de Custo de Ocorrências Operacionais foi disponibilizado para a empresa, com acesso restrito.
A concepção deste trabalho utilizou preceitos de Big Data, uma vez que as informações de valor são obtidas a partir da análise de variáveis quantitativas de outros sistemas e bancos de dados estruturados.
Em linhas gerais, a metodologia proposta para a estimativa do custo operacional consiste no produto do somatório da quilometragem não realizada em função das ocorrências operacionais, do indicador "Carro.Km" e da quantidade de carros por composição. O indicador "Carro.Km" expressa a relação entre a capacidade de custeio da CPTM aplicada à produção de viagens (R$.mil) e a produção quilométrica (qtde.mil), sendo os seguintes componentes considerados: pessoal, serviços de terceiros, materiais, combustíveis e energia de tração.
Ressalta-se que a "monetização das ocorrências" não contempla valores referentes ao custo de imagem, ao acionamento de operações contingenciais (PAESE), custo de atendimento da manutenção (corretiva), arrecadação e devolução de bilhetes.
Os resultados obtidos em decorrência da implantação do Sistema para Gestão de Custo de Ocorrências Operacionais podem ser elencados em função das seguintes dimensões:
a) volume: processamento de grande quantidade de dados (média diária de 39 ocorrências com repercussão);
b) variedade: geração de informação útil ao relacionar dados de fontes distintas (operação, manutenção e financeiro);
c) velocidade: processamento dinâmico, em tempo real (consultas parametrizadas e por ocorrência);
d) veracidade: dados fidedignos (estrutura normatizada), registrados diretamente pelo CCO no momento da ocorrência;
e) valor: estabelecimento de linguagem universal entre ás áreas de atuação, fornecimento de subsídio para ?pronta resposta?, custo zero na implantação.
Destarte, para todas as ocorrências operacionais com repercussão (supressões e atrasos de viagens), pode-se estimar um custo em função da não execução da operação comercial dentro da normalidade. Os resultados desse trabalho podem ser aproveitados, igualmente, na consolidação de indicadores de desempenho empresarial, auxiliando na gestão e na tomada de ações com foco nos resultados e como instrumento balizador para gestão de futuros contratos e/ou projetos diversos, bem como embasar a valoração de eventuais solicitações de serviços especiais e de ressarcimento por prejuízos causados à CPTM.

Palestrante

Fábio Augusto Medina

Engenheiro de Produção;
Pós-graduando (MBI) em Tecnologias Ferroviárias;
Atuação há mais de 7 anos na área de Engenharia de Operação da CPTM.

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