BOLETIM – 01.09.2020 – 26° SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA
Início da 26ª Semana de Semana de Tecnologia Metroferroviária foi marcado por premiação de trabalhos técnicos, painéis dos presidentes das operadoras de transporte de passageiros e participação do consultor Ricardo Vargas
Em 2020, o evento traz como temática “Trilhos para novos tempos”, marcando o aniversário de 30 anos da entidade e a primeira edição totalmente online
A 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, promovida pela da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), teve a abertura realizada no dia 01 de setembro, terça-feira, com a entrega do 7º Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU. Os trabalhos foram premiados em três categorias, sendo:
Categoria 1 - Políticas públicas; planejamento urbano; financiamento (funding); gestão de empreendimentos de transporte; tarifas e custeio do serviço.
Trabalho vencedor: “Benefícios de uma simulação computacional para o sistema metroferroviário”, Joelson Messias de Moura e coautoria de Wellington Oliveira Costa e Adriana Martins dos Santos, da ViaQuatro;
Categoria 2 – Sustentabilidade; meio ambiente; mobilidade sustentável; gestão; comunicação com o usuário e formação profissional. Trabalho vencedor: “Tomada de decisão baseada em dados: como aumentar a eficiência nas contratações”, de Leandro Kojima e coautoria de Reinaldo Teixeira Nappo, do Metrô de São Paulo;
Categoria 3 - Projetos de sistemas de transporte e seus subsistemas; inovação tecnológica; aprimoramento de técnicas de implantação, operação e manutenção de sistemas de transporte, planejamento e concepção de sistemas de transporte. Trabalho vencedor: “Inovação na mobilidade de pessoas com deficiência visual no metrô de São Paulo”, de Jaldomir da Silva Filho e coautoria de Eliete Mariani, do Metrô de São Paulo.
A organização do Prêmio Tecnologia & Desenvolvimento Metroferroviários ANPTrilhos-CBTU reconheceu com o Troféu de Menção Honrosa dois artigos dedicados à pandemia:
- “Desafio da gestão de equipes em home office no CCO - Centro De Controle Operacional do Metrô-SP”, de autoria de Wellington Fonseca Dias e coautor Luiz Antonio Alves;
- “Monitoramento da lotação dos trens no Metrô-SP: gestão da oferta no contexto do COVID-19”, de autoria de Gabriel Rivelles Paiva e coautores Bruno Lopes Fernandes, Fabianne da Silva Maia e Marcelo da Silva Favarello.
“Nós ficamos lisonjeados com o número recorde de trabalhos inscritos, considerando todos os desafios que nos foram impostos. A qualidade dos trabalhos reforça nosso compromisso com o conteúdo técnico para o desenvolvimento do profissional metroferroviário”, elogiou a presidente da AEAMESP, Silvia Cristina Silva. O presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, parabenizou os autores dos artigos técnicos, ressaltando a qualidade dos trabalhos.
“Quero parabenizar os vencedores das categorias e todos os participantes do Prêmio de Tecnologia. A pandemia causada pela Covid-19 impactou fortemente a vida das pessoas e o nosso setor manteve suas operações para garantir os deslocamentos das pessoas que precisaram do transporte neste período. O esforço dos técnicos para participar do Prêmio e tratar de temas atuais e de grande relevância nos motiva em nossa jornada”, destacou o Presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores.
Depois da entrega da premiação, foi conduzido o painel “Palavras dos Presidentes”, em que porta-vozes das operadoras do transporte de passageiros trouxeram as experiências no enfrentamento à pandemia do coronavírus e o planejamento das próximas ações. Participaram desse painel o Chefe de Gabinete da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), Rui Stefanelli, o Presidente da ViaQuatro e da Via Mobilidade, Francisco Pierrini, o Diretor de Planejamento e Relações Institucionais da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Pedro Cunto, o Presidente do Metrô do Rio de Janeiro, Guilherme Ramalho, o Presidente da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM), Pedro Moro, e a Presidente da AEMESP, Silvia Cristina Silva.
A programação do primeiro dia foi encerrada pelo painel “VUCA, o que esperar dos novos tempos em relação ao cenário atual?”, com uma palestra conduzida pelo defensor da economia por projetos, Ricardo Vargas, e com moderação do Vice-Presidente de atividades técnicas da AEAMESP e Coordenador da 26ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, Alexandre de Freitas Pinto.
Aqui, vale explicar um pouco mais sobre o termo, que é usado para descrever quatro características marcantes do momento atual: volatility (volatilidade), uncertainty (incerteza), complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade).
Em resumo, o VUCA chama a atenção para a rapidez com que as mudanças acontecem e o volume dessas transformações, o que gera uma certa dificuldade em se prever o futuro e entender os diversos fatores que permeiam o trabalho. Acompanhe, abaixo, uma breve explicação sobre cada uma dessas características.
• Volatilidade: com as constantes e aceleradas transformações que permeiam a sociedade, as situações passam de um estado a outro muito rapidamente, tornando muito difícil a previsão de cenários. Essa velocidade inconstante traz desafios e oportunidades e é preciso estar cada vez mais preparado para enfrentá-los.
• Incerteza: uma das consequências da volatilidade é a incerteza sobre os acontecimentos seguintes. Afinal, nem sempre o grande volume de informações que temos ao nosso dispor são de fato úteis para compreender o futuro. Em suma, nada mais é previsível e os padrões de sucesso do passado são destruídos em poucos instantes diante de novas abordagens.
• Complexidade: juntos, todos esses fatores ampliam a complexidade atual, uma vez que os modelos tradicionais de gestão e tomada de decisão se mostram insuficientes para lidar com tantas variáveis. Em vez de verdades absolutas, temos cada vez mais fatos que precisam ser analisados para que entendamos a realidade.
• Ambiguidade: por fim, as muitas formas de interpretar e analisar contextos complexos se traduzem na falta de clareza e concretude. A realidade agora é mais turva e, portanto, decidir em um contexto ambíguo passa a ser um ato de coragem.
“Aprender a desaprender é um caminho cada vez mais exigido neste contexto. Isso significa que nós vamos conseguir superar barreiras ao deixar conceitos arraigados e construir novos aprendizados. O que se sabia sobre transporte, por exemplo, exige soluções provenientes de uma nova realidade. É preciso esquematizar novos conhecimentos”, reforçou Ricardo Vargas. O painel encerrou a programação do primeiro dia do evento, com participação do público enviando perguntas ao palestrante.
Sobre a AEAMESP
A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), fundada em 14 de setembro de 1990, é uma entidade de fins não econômicos que agrega engenheiros, arquitetos, geólogos e outros profissionais de nível superior, devidamente registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs) e nos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo (CAUs).
A AEAMESP realiza anualmente, na cidade de São Paulo, a Semana de Tecnologia Metroferroviária, desenvolve ações de natureza técnica, tecnológica e com entes federativos no âmbito municipal, estadual e federal, visando o fortalecimento do setor e promove atividades esportivas, recreativas e sociais.
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